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Arquivo: Edição de 18-09-2008

SECÇÃO: Regional

No dia 13 de Setembro em Loulé

Moças Nagragadas actuaram no Arquivo Municipal

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No passado sábado, dia 13 de Setembro, pelas 15h00, o Arquivo Municipal de Loulé recebeu um espectáculo do grupo de cantares populares tradicionais Moças Nagragadas, com entrada livre.

Integrando oito intérpretes, cinco das quais de Boliqueime, o grupo nasce em Setembro de 2002, no decurso da acção de investigação da literatura oral popular tradicional, levada a efeito por uma equipa de professores, com início em Setembro de 1994, e fica a dever-se à vontade forte das irmãs Almerinda e Feliciana, coadjuvadas pela Donzelica e pelo irmão A. Alberto (à viola).

Desde 2003, este grupo de Paderne (Albufeira) integra-se na APEOralidade - associação criada para dar consistência à acção de pesquisa e estudo da oralidade. O grupo tem a coordenação musical de Nélson Conceição (ao acordeão), e a coordenação literária, com a investigação e fixação do texto, cabe a J. Ruivinho Brazão.

Do latim non agregatae, Nagragadas são mulheres levadas da breca ou levadas do diabo que se demarcam do agregado e que simultaneamente o representam: cantam aquilo, só, que lhes mora no coração e são a voz reconhecida da comunidade local e regional.

Largueza, diversidade e novidade caracterizam o seu repertório: são cantigas de baile de roda e romances, lengalengas e travalínguas, provérbios, adivinhas, despiques... Inéditos de Natal, oriundos de Boliqueime e Paderne, irrompem do seu imaginário e preenchem o recente CD.

Alegres, sempre, infatigáveis, são bem acolhidas por todas as camadas sociais e culturais e pelas escolas. No livre traje domingueiro dos anos trinta do séc. XX, documentam o generoso gesto da sociedade ao reconhecer à mulher o direito de subir a saia um palmo acima dos calcanhares.

As Nagragadas constituem o outro lado, vivo e necessário, do texto oral que se preserva e tornam credível a missão do investigador. Nelas é a verdade pura das origens que transparece; nelas se relevam a semelhança e a diferença que caracterizam, em cultura, as nossas comunidades.

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